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01/02/11

Ella destina-se

 Tenho todo o tempo do mundo para me deixar ir pela paixão e descobrir como ela se vai torna em amor. Acredito que todos temos direito em deixar um legado. Fantasiem. Ponham em banho-maria e depois cozinhem. Quando chegar a hora serviam o vosso melhor. A idade não nos mata os sonhos, apenas recicla novas e diferentes oportunidades.  Vemos isso pelos sustos da vida, como é sabido. Tive um esgotamento à uns meses atrás e eis o que me sobrou para vos contar.  Pós dois anos de pena da alma e da dor de coração, exorcizei o medo do amor que tinha por ti. Despedi-me do meu emprego e decidi começar uma nova vida. E escrevi a minha alma nestas palavras:
Tu em mim. Tantas vezes pensei nisto, no escuro, depois de um bom filme, depois de olhar uma foto perdida, que rapidamente meto lá no sítio perdido. Vezes e vezes. Fiz um pacto que só iria escrever esta história quando ela estivesse acabada. Nunca abri o computador e tive a coragem de teclar. Engonho e engonho, para ver se me escapo de o fazer. Ponho uma música de embalar e levo-me na canção das três da manhã. Então puxo de um cigarro e escrevo:
Era uma vez, eu. Eu que um dia cruzei um olhar contigo. Ele que nunca tinha visto? Um sorriso que me apaixonou, que me prendeu logo ali e num instante mudou tudo o resto. Sabia lá quem eras tu.


Viria a a ser a minha paixão! Não, ele é mais que isso. Tentamos a nossa vida toda, encontrar alguém, mas até aquele momento nunca me passou pela cabeça poder encontrar alguém, que me faria mudar o universo só para me deitar no seu abraço. Estava tão longe de imaginar que pudessem existir coisas assim. Teclo para aqui, para no final olhar para o ecrã, e ver como é a minha paixão escrita. Não é uma história perfeita com final rosa. Não. Mudei de música para continuar a ter coragem. E assim é a minha história de amor, que irá comigo para onde for, que morará comigo onde eu morar, que me alimenta, abençoa por poder vive-la, senti-la, e não deixa morrer o coração. E assim é algo tão grande como a minha vida.

Imagina algo mágico, imortal, belo e perfeito. Imagina apenas saber se tas bem, se te alimentas bem, se tas triste, se tens força, se precisas de algo imagina só, porque é assim que eu amo alguém. Alguém que cruza a linha da minha mão e está marcado de sempre para sempre. Imagina respirar o teu nome, imagina rir-me como tu, imagina, se puderes imaginar.
Não preciso de mais nada. Não, sinceramente não. Só vives aqui dentro. Isso é a minha fonte e água. Vivo o dia a dia sem pensar nisto. Até acho que tens ‘medo’ que eu me porte, não devidamente. Mas podes agora saber, que não faço mais nada, que tu também não faças. Quando os anos de juventude passarem, eu não me quero recriminar por não ter vivido. Tal como me recrimino de nunca ter-te dito que és tu! Limito a viver aquilo que tenho que viver. Vivo e vivo e no entanto, lá tas tu, tu em mim. Esta é só uma página do meu romance, daquele que eu vou escrever um dia e dizer, que posso não ter ganho um Nobel ou feito qualquer acto para as páginas da História, mas, amei. Quando há tanta gente que nunca o fará. Como sei? Isso nunca se explica, isso, sabe-se. Vejo-te crescer de um forma estranha que me magoa. Quero ver como serás enquanto homem. Quero saber se os teus sonhos vão ser todos realidade. Quero sorrir quando me disseres que estás feliz, dar-te o meu silencio se quiseres chorar. Quero te dizer que nunca vais estar só no mundo. Qualquer lado que vás, que mores, eu lá estarei! Quero saber apenas se és feliz. É isso que te tinha para dizer.

Por mais que escreva, nunca vou dizer aquilo que sinto. Por mais gente que passe no nosso destino, sei apenas que são figuras humana. Eu…e tu…juntos, não somos isso. Para mim é imortal e não se vê como o vento. Apenas se sente quando nos cumprimentamos, quando rimos, quando já advínhamos o que estamos a pensar. Não falemos de químicas inexplicáveis. Parar para pensar porque sempre que penso nisto choro, é uma enorme perca tempo, até porque ao pensar nisto, fico feliz, completa e vulnerável, desprotegida, sonhadora. Limito-me a sorrir e mais nada. Para quê? não sei, porque tem que ser assim. Apenas o é. Não quero saber o que sentes, o que dirias depois de saber tudo isto. Imagino-te a desapareceres com medo. Prefiro não saber. Sou pessimista contigo. Prefiro viver a minha história de amor sozinha a ter medo de encostar a minha cabeça no teu colo e poder saber que a tua mão não se vai entrelaçar nos meus caracóis, e depois não vais esperar que eu adormeça nos teus braços. Nunca te vou perguntar o que sentes. Finjo que sentes o mesmo que eu, ou parecido.
Alguma vez paraste para pensar quantas vezes chorei por não te ter?Não te sei dizer. Hoje não te tenho e nada mudou. Só não consigo chorar mais por isso. Conformei-me que amo alguém para sempre e isso basta. Quantas pessoas não davam para saber o que sinto?Alguma vez vais ter coragem, para dizer, nem seja para ti, tudo aquilo que se passou entre nós e que não foi só química? Uma coisa mais. Disseste, não a mim, que se eu tivesse sido mais difícil e ter dado luta e que não tivesse sempre ali, que talvez se eu não tivesse mostrado que gostava de ti, talvez tudo seria diferente.


Vai ser difícil explicar. O que sinto, só se sente uma vez na vida. Coisas como Se, e palavras relacionadas com jogos de afectos é algo que não se equaciona quando se ama, sabes porquê? Porque nesse momento nada disso existe. Sentimentos perfeitos que não se sujeitam a coisas menores. Quem o faz, não ama. Quem não mostra que gosta, tem uma pedra no lugar do coração. Quem é assim não tem direito a gostar de alguém.
Did i say that i love and want you and live all behind? Não, não e jamais o farei. Prefiro guardar este precioso,  mas já não mais segredo, do que o sujeitar a cenas tristes. No meio de tudo isto, a única coisa que também sinto, para além desta história que que agora conto, é nada.
Volto a fazer a minha vida. Só nunca me acuses de coisas parvas, como, mas tu tens outro, e se calhar fizeste aquilo. Pois, não há perfeições. Há uma vida para continuar a viver. Só que nunca me acuses, quando sabes, que estivesse eu onde estivesse, tudo deixaria de existir quando juntamos o que o destino já fez: destinar-nos!
A vida, continua a ser vivida, como ontem e como vai ser amanha.
Mas estas palavras poderiam ter sido escritas em qualquer tempo.
Imprime e junta a um papel antigo cor de sangue, que perduraste como recordação.
O que sou para ti, não sou para mais ninguém. E nunca vou ser.”


ELLA

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