‘Ando extremamente evasiva, não por ali além comunicativa, muito menos impressionista em originalidade. Um dos trabalhos que tive que realizar esta semana foi o lançamento do livro de uma colega de profissão, Rita Ferro Rodrigues. Interessante pensei, realmente nada nesta vida é um mero e casual acaso. 'No Parapeito' é o título. A história não li, mas a história que envolve o livro deu o mote a este meu novo post.
Uma rapariga de afectos que compartilhava na aridez do mundo blogueiro o amor por histórias, para quem, as simplesmente lia. Um dia, um rapaz leu e apaixonou-se por tanta paixão de escrita e amor sôfrego das tais mensagens. Fazia um género de serviço público ao mundo da web e a todos que em altas horas, sozinhos e apenas consigo, liam o que uma tal Rita tinha a dizer da vida. Simplificando, a Rita era apenas uma menina de afectos que desenhava textos, que um dia foi lida por um editor que a desesperadamente procurou e como este Portugalzinho é muito pequeno, encontrou-a. Ela era a tal Rita. Sim aquela que aparecia na TV toda desenvolta e filha de um ex-ministro. A Rita, a do blog era apenas mais uma como nós somos, que escrevia afectos para um universo sedento de amor mas de suporte tão árido! Se há um tempo atrás me contassem esta história provavelmente nem a ouviria. A realidade altera-se e inconscientemente muda também o que penso sobre a vida. Para mim fazer amigos na net seria apenas e somente coisas de nerds. Hoje tenho amigos, que aqui conheci, que amo, compartilho e ate magoo-o. Riu-me com vocês, sofro com vocês e já nem vivo sem vocês. Hoje a vida é bem mais rica. De amigos e de aceitar as minhas próprias mudanças. Coisa difícil, se pensarem. Nada nos custa mais a aceitar que uma mudança, boa ou má!’
Uma rapariga de afectos que compartilhava na aridez do mundo blogueiro o amor por histórias, para quem, as simplesmente lia. Um dia, um rapaz leu e apaixonou-se por tanta paixão de escrita e amor sôfrego das tais mensagens. Fazia um género de serviço público ao mundo da web e a todos que em altas horas, sozinhos e apenas consigo, liam o que uma tal Rita tinha a dizer da vida. Simplificando, a Rita era apenas uma menina de afectos que desenhava textos, que um dia foi lida por um editor que a desesperadamente procurou e como este Portugalzinho é muito pequeno, encontrou-a. Ela era a tal Rita. Sim aquela que aparecia na TV toda desenvolta e filha de um ex-ministro. A Rita, a do blog era apenas mais uma como nós somos, que escrevia afectos para um universo sedento de amor mas de suporte tão árido! Se há um tempo atrás me contassem esta história provavelmente nem a ouviria. A realidade altera-se e inconscientemente muda também o que penso sobre a vida. Para mim fazer amigos na net seria apenas e somente coisas de nerds. Hoje tenho amigos, que aqui conheci, que amo, compartilho e ate magoo-o. Riu-me com vocês, sofro com vocês e já nem vivo sem vocês. Hoje a vida é bem mais rica. De amigos e de aceitar as minhas próprias mudanças. Coisa difícil, se pensarem. Nada nos custa mais a aceitar que uma mudança, boa ou má!’
Este é um dos extractos do que escrevia. O meu afamado alter ego que vos colquei a disposição anteriormente. Alguns textos que amo, não pela sua beleza mas reflicto hoje sobre a intensidade com que os escrevia. Como estava a crescer. Como juntava ao meu dote frases e saberes, teorias e paradigmas. Uma das situações que relato sobre mim quando me questionam quem sou é a factualidade de ser uma pessoa que não se define, que não castra em meros adjectivos uma personalidade que dia a dia, a cada hora é mutável. Que dependendo de cada situação pode reagir de duas formas tão distintas. Que se molda a cada interlector, a cada amigo e a mim própria , dependendo d as necessidades que preciso para continuar a viver. Não! Não pensem que não tenho um quadro de valores ou sou apenas mais uma mulher volúvel. Até o posso ser repare, mas não todos os dias. Sei que não gosto de me justificar, sei que gosto do meu espaço, sei que tenho uma cloaca curta. Que sou feliz na maior parte dos tempos e sei que se tivesse nascido homem seria bem mais realizada/o.
O facto não é ser mulher mas sim nas minhas veias escorrer sangue de homem, as ideias de homem e muitas atitudes de homem. E sou a mais coquette das minhas amigas. Contraditório? Não, simplesmente não precisamos de definir tudo na vida. E vocês continuam-me a entender, certo? Nunca fui bailarina como queria a minha mãe. Nunca fui actriz como queria ser. Nunca editei os meus textos do blog como os meus amigos me pediram. E não sou do contra. Apavora-me a vulgaridade. Em todas as épocas as ‘modas’ pareciam perseguir os meus sonhos. Eu só não queria ser mais uma. Procurava alternativas dentro dos meus talentos. Não queria ser mais uma bailarina atirada para a miséria. Não queria ser actriz quando qualquer badameca dizia ter um sonho em ser actriz. Nunca publiquei um livro, quando publicar livros em base de blogues virou doença! E agora? Agora deixei de ser cagona. De achar que sou a melhor por isso e não vou desperdiçar o meu tempo com os outros. Calei medo de falar e entrego-me a coragem de por na forma, os sonhos.
Realidade? Não sei, talvez se tu me estiveres a ler neste exacto momento.
ELLA
Esta ella só não me pinta porque não conseguiria escrever assim, mas se calhar, ninguém nem mesmo eu conseguiria por em palavras aquilo que sou, o que me identifica. sem dúvida mais um texto que dá prazer ler, que prende, e que realmente merece este espaço. um tempo bem 'ganho', um sorriso bem tirado, um bom momento.
ResponderEliminaruma vez mais,
R.
'sou alma solta gémea de outra tua'
ResponderEliminarnão conseguirias assim escrever, pois não, consegues bem melhor!