Devia ter diminuído a luz para começar esta aventura. Escrever. Dava mais seriedade à coisa, não dava? Tenho medo. Imensos pensadores dizem que escrever não é para todos, existe o método, o languajar e ainda a originalidade. E existe o dom. Eu tenho o dom, sempre toquei pessoas por palavras escritas ou faladas. Mudei mundos. “A nossa palavra faz mais eco em mais vidas do que pensamos”. Quem disse? não sei. Talvez eu.
Anos a fio procurei saber onde me distinguia. Sei que faço rir, que elaboro instântaneamente bons conselhos e sei expor bem pensamentos. Sentimentos revoltados e muito amor. Penei em tentar entender porque não fui a melhor bailarina, porque não faço surf ou sequer tentei (vivo na praia) ou porque não era a mais bonita a mais rica a mais! Porque era eu a melhor na arte banal do melhor bronze, no dress code, no ícone da moda, na que conhecia todos os porteiros de Lisboa...e Porto? Porque tinha eu estes dotes que não eram a minha busca. A minha arte qual era? Banal disse!
E depois de banal não tenho nada. Ou vulgar. Sou a ‘girl next door’ mas com um spicy de ser A ‘girl next door’. Ali estava a frente do meu nariz e eu perdi anos a fio a tentar encontrar. É o destino. Está traçado. Claro que está! Cabe a mim saber se chego lá pela recta mais curva ou pela linha mais tortuosa. Depois vem o Karma. O meu é : O pulso a pulso. Consigo tudo, mas depois de bater muitas vezes no fundo, suar estopinhas e comer o pão do diabo. Vá! Não é assim tão dramático mas também não o é nada lírico. Falta o acrescento que consigo tudo se quiser se não demorar muito tempo a obter entre outros afins defeituosos que neste momento, penso ser de todo inconveniente torturar-me até porque estou tão satisfeita. Estou a escrever depois de anos de pausa preguiçosa. O cigarro apaga-se e a luz continua a não ser média luz. Escrevo ainda a medo. Medo de não entregar a mensagem. Porque em todas estas linhas o intuito único é tocar-vos a porta com a ideia que muitos de vós procuraram anos a fio.
E ai encontro a minha arte. Humanizar a comunicação, desenhar o esplendor da esperança e o bafo saudável para um novo dia.
Ella
Ainda bem que tenho o privilégio de ser uma das primeiras pessoas a comentar. Se não a primeira.
ResponderEliminarPara mim serás sempre "a girl next door" sendo que não acho isso diminuto. Pelo contrário! E ainda bem que voltaste às histórias! Fico à espera de ver mais e melhor. Fico à espera de poder contar sempre com os conselhos instantaneos! Fico à espera de me rever em passagens nestes devaneios.
Muito bom sem duvida.
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