FIM DE SEMANA PERFEITO. E tudo começou com uma enorme gigantesca birra própria. Não não queria ir para a Serra da Estrela. Ouvi uma musica lindíssima durante as três horas de viagem. Conexão feita? Três horas. Uma musica? Quem sou eu louca que me apaixono assim por coisas que me fazem apaixonar? Num lindo chalé no pico da Serra, acordei como uma criança, cheia de saúde e risonha. Levei com o sol da estrela nas minhas faces rosadas, com a brisa dos cumes, falei com ‘alguéns’ simples, trepei a uma árvore de saltos altos e rumei a Lisboa para entregar trabalho, umas quantas e mãos cheias reportagens.
Bem até que comecei a chover dentro do carro. Sinal que bem, não era adjectivação para mim. Sentia-me perdida. Em quê porquê ou por quem?. Quantas vezes dão por vocês a corar num choro duro e suado. Magoado e de uma porra de tristeza inumerável infindável e vossa?
Domingo zen. Que gentes interessantes e vividas que contam histórias na mesa de jantar dos amigos dos amigos. Dão-me comida vegan para experimentar. Uma casa pop arte, eles, a dor que ficou com fome, e uma dúvida. Era como estava. O que me fazia chorar? Cuscava nas coisas do meu anfitrião e encontrava uma caixinha negra de veludo. dizia 'The Crow'. Dentro duas alianças de tamanhos diferentes e uma insígnia: The True Love Is Forever. Olhei para elas e entendi sentindo toda a lógica que me faltava. Calma relaxada e já não preocupada comigo, voltei para casa devagarinho e conclui: my love is forever. Só me falta encontra-lo. Coisa pouca. Desta vez verdadeiramente para sempre. Sempre no infinitivo de um gerúndio que me diz: Não quero ser tua a vida inteira. Sou só a tua favorita parte. Da vida. E de novo assalta-me a duvida! Porque escrevi isto no presente?
ELLA
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