Até que enfim na cidade luz! Chego arrepiada e com um certo frenesim dentro de mim. Ainda mesmo antes de chegar ao hotel, percorro vinte quilómetros dentro de um táxi metalizado e novo. Olho colada para a janela para tudo. Esqueço-me de quem vai a passar por ali. Que cidade linda, que desejo em te conhecer. Exclamo baixinho para dentro de mim: Estás aqui!
Tento abraçar tudo com os olhos, pergunto: O que é aquilo!? A Igreja tal, o monumento x's. Aqui logo ao virar da esquina, temos histórias para ver, histórias para contar, retornar ao antigo mas tudo tinha um estranho aspecto de novo. Nunca se sabe o que te espera no final de uma Rue ou Boulevard. Não sabes. Nunca sabes!
Percorro os Champes Elysées. Vou de encontro directo aos meus tios. 'Milhares de gentes' de todo o lado, canto e esquinas. Janto no 'Entrecôte de Paris' e começo escrever. Ninguém fuma em lado algum. Pago e saio para a rua novamente. Ainda não consegui fazer mais nada, se não contemplar tudo! Tudo aqui é enormemente grande, embelezado com mínimos pormenores, minimamente mínimos. Aos milhares são as cores. Nada fica em branco ou escuro por mais de cinco segundos! A cidade é terrivelmente linda e linda é noite e a sua bohéme tem mais encanto!
Vagarosamente chego ao Arco do Triunfo e parece mais pequeno do que o imaginava. Entro no Metro dans la ligne rouge e cheira-me mal. O metro é péssimo e rápido. Vislumbro o Grand Hotel De Paris. Entro e tomo um café. Os pés gelados da pedra negra, rapidamente são aquecidos. Relaxo, quase adormeço nas poltronas majestosas que me intensificam as emoções pelas suas mil velas acessas! Bêbada de sono em jeito de brincadeira ligo à minha mãe: 'Mummy mudei o meu conceito de vida. Não quero mais uma carreira de sucesso e grandes louros profissionais. Não! Vou casar com um velhote rico, para estar sempre em Paris!
Claro que foi a brincar mas apetece-me ficar cá. E nada ainda está visto, foi um pequeno, muito pequeno primeiro dia. Amanhã Rive Gauche espera-me.
ELLA
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