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06/02/11

Ella, alma solta gémea de outra tua

Se existe algo em ter métrica  e disciplina a alguém que quer muito escrever e a tudo ainda unirmos  a vontade motora que nos leiam  é a irritante e hilariante pontinho que pisca numa folha de word em branco. Ali podíamos escrever o que quissesemos, mas estamos a contar uma história e não nos podemos perder em devaneios. Não devemos. O sal da escrita é o que nos vai na alma. Descansem. Não irei deixar de contar a minha história até ao fim e perder-me nas  mariquice que me assaltam as entranhas.

Mas é assim sou uma pessoa com muito pouca disciplina. Sou apenas um pau-mandado das minhas loucuras. Quero faço. Quando não posso satisfazer os meus caprichos fico entediada amuada e mal-humorada. Refugio-me no meu canto e não chateio ninguém. Apenas, claro, se o telefone tocar e por obrigação tenho que atender a minha Mãe. Respeito. Ou para não a ouvir dizer que não lhe ligo nenhuma. Respondo seca e grossa. Ela diz que me desce o anjo-mau. Sou assim. Ela diz que não pode ser.  Mas é.

Fico quieta e muda no meu canto até me chatear com tanto tédio e encontrar mais um motivo para me apetecer mexer. Quando corre bem sou rainha. Mal? Bem, quando corre mal sou a mulher mais resumida do mundo. Dualidades de uma personalidade Gemiana. Assim sou assim serei. E por mais que nos tentemos refinar seremos sempre assim. Ou nos distinguem ou nos colocam no mesmo saco massivo da humanidade. Depois cabe-nos a nós mudar. Ou não.
A verdade é que em sumula o importante é jamais ferir sentimentos nossos e alheios. Quanto muito rebolar em  emoções com alheios. Como sabem a nossa liberdade termina quando  começa a de outro alguém.

E eu tenho duas para gerir. Eu e o meu outro eu.
ELLA

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